A importância da marcha nas bicicletas é que você consegue enfrentar subidas difíceis ao mesmo tempo em que você consegue velocidade na descida e nos planos. Independente do tipo de bicicleta que você tenha ou número de marchas que usa, nós vamos dar algumas dicas para usar o sistema de forma mais correta.
Mas antes, você sabe quantas marchas uma mountain bike pode ter? Existem bikes de 18, 21, 24, 30 marchas. Saiba que nem sempre ter muitas marchas quer dizer bom desempenho. Claro que o ciclista terá mais opções de velocidades, mas para isso fazer alguma diferença na sua performance é preciso que ele saiba utilizar muito bem a relação de marchas.
Relação de marcha é a proporção entre os dentes da coroa e os dentes do pinhão, que são o câmbio dianteiro e câmbio traseiro da sua bicicleta.
Levando em consideração um exemplo de sistema shimano (mais comumente usado), você tem na mão direita o controle do câmbio traseiro onde a alavanca maior muda para uma marcha mais leve, que facilita nas subidas. A alavanca menor vai mudar para uma marcha mais pesada, para te dar mais velocidade.
Na sua mão esquerda, você tem o controle do câmbio dianteiro. A alavanca maior vai mudar para uma marcha mais pesada, pra te dar mais velocidade. A alavanca menor muda para uma marcha mais leve, que facilita nas subidas. Como no desenho abaixo.
Se você está começando agora, pode se concentrar apenas em usar o câmbio traseiro (mão direita) e ir aos poucos reconhecendo as intensidades e reações que acontecem de acordo com a marcha que coloca. Depois que estiver habituado a mexer com o câmbio traseiro, vá incluindo mudanças no dianteiro também - dessa forma vai dominar o sistema de marcha.
Importante: sempre que for mudar de marcha, certifique-se de estar com a bike em movimento. Pense na engrenagem como se fosse o câmbio de um carro, existe o momento certo para trocar de marcha, para que você não force o motor. O mesmo acontece com a bicicleta: nela o motor são as suas pernas e existe um momento para você trocar a marcha e não cansar em uma subida, por exemplo.
A maioria das moutain bikes possuem pelo menos três coroas no câmbio dianteiro. A coroa do meio é mediana, pode ser usada em qualquer situação. A maior vai otimizar sua descida ou te ajudar a ganhar velocidade, e a menor é para subidas fortes.
No início, aprenda usar seu câmbio traseiro com a coroa dianteira do meio, ou, se sua bike tiver apenas duas coroas dianteiras, opte pela menor delas. Lembre-se: comece a utilizar o câmbio dianteiro a partir do momento que se sentir seguro na troca de marchas do câmbio traseiro.
Algumas dicas para uma mudança suave de coroa:
Se chama cadência a quantidade de vezes que o pedal gira, por minuto. A unidade de medida mais utilizada hoje é o RPM (rotações por minuto), assim como nos carros.
O sucesso de escaladores como o ciclista inglês Chris Froome, levantou a hipótese de que ele tivesse algum benefício girando rápido, mas não existe nenhum estudo que comprove que ele de fato tenha alguma vantagem girando com RPM alto.
Mas afinal de contas, existe uma cadência certa ou ideal? Não Isso vai de acordo com cada ciclista. Cada um pedala o que for mais confortável, normalmente utilizando entre 70 e 100 RPMs.
Existem sensores que medem a cadência da sua pedalada e mostram no painel do seu ciclocomputador, mas a não ser que você esteja fazendo uma planilha baseada nesses dados, não se preocupe com esses números quando estiver começando no esporte.
Nossa ideia com esse post foi auxiliar aqueles que estão iniciando e não dominam o assunto, mas temas mais complexos como treinamento usando parâmetros de cadência requerem acompanhamento individual de um profissional.
Nossas dicas foram úteis? Conte pra gente nos comentários.