O verão está chegando e, com ele, os dias mais quentes e longos, ideais para estender o treino diário ou aproveitar a pedalada com os amigos. Porém, seja nos momentos de alta performance ou de lazer, o uso da meia esporte certa é o que garante a proteção dos pés e a boa circulação sanguínea. Por isso, o ciclista iniciante deve evitar os modelos tradicionais utilizados no dia a dia com sapatos e tênis. A composição das meias de ciclismo, independente se a modalidade for Speed, MTB ou Triathlon, são voltadas para que o conforto e a performance sejam mantidos, principalmente pelo uso de sapatilhas de ciclismo.
Assim como as camisas, bermudas e bretelles passaram a ser essenciais entre os equipamentos para o ciclista e receberam uma atenção especial da indústria têxtil, as meias para ciclismo também acompanharam as inovações do segmento de roupas esportivas com o uso de tecnologias de última geração, fibras sintéticas e tecidos inteligentes em sua matéria-prima.
Diferente das meias casuais, que são um pouco mais grossas, as meias de ciclismo possuem em sua composição tecidos que auxiliam o ciclista durante os pedais, proporcionando maior conforto e uma melhor absorção do suor. Os fabricantes mesclam diferentes tecidos na confecção dos seus produtos, como o elastano, a poliamida, o poliéster e o algodão, regulando a porcentagem de um e de outro. A meia Hupi Sublimada Suplex, por exemplo, é feita com 96% de poliéster e 1% de poliamida. Já a Free Force Bars conta com 66% de algodão e 25% de poliamida em sua composição. Ou seja, cada tecido terá a sua finalidade.
Se você procura uma excelente respirabilidade da pele e dissipação do calor, as meias de poliamida, como a Skin Sport Cano Alto, são as mais indicadas, especialmente para os dias quentes. Considerada a mais nobre das fibras sintéticas e a primeira a ser produzida industrialmente, a poliamida possui sistema inteligente de termorregulação (absorve o suor em 4%), o que facilita a transferência do calor e do suor do corpo para o exterior. Usado em uniformes de esqui, cordas para alpinismo e barracas, é um tecido macio e seu toque é parecido com o algodão, muito leve e de secagem rápida com ótima elasticidade. Além disso, o tecido possui a capacidade de oferecer a proteção UV contra os raios solares.
Para os dias mais frios, as meias de poliéster são melhores, já que não possuem a tecnologia de conforto térmico e esquentam mais, além de serem de secagem rápida, resistentes à luz e de não amassarem. Neste sentido, a meia Pearl Izumi Attack é uma boa opção, pois apresenta 58% de poliéster em sua composição.
Resistente à oxidação, transpiração, água do mar, aos cosméticos e à luz do sol, o elastano, também conhecido como Spandex, é outro fio muito utilizado na confecção de roupas para ciclismo, principalmente nas meias de compressão. Normalmente mais compridas do que as meias normais e até as meias de ciclismo, as meias de compressão podem causar certo incômodo no início, mas auxiliam bastante na circulação sanguínea, fazendo com que as células tenham mais capacidade de respiração, minimizando possíveis fadigas precoces e até lesões mais simples. Elas também são ideais para a recuperação pós treino. Apesar de seus benefícios, é preciso ter cuidado ao utilizá-las durante os pedais, pois muita compressão aliada ao inchaço durante o exercício pode atrapalhar e causar mais desconforto.
Uma dos modelos disponíveis no mercado é a Meia de Compressão Barbedo com 15% de elastano e fabricada por uma das marcas de vestuário e acessórios para ciclismo mais tradicionais do Brasil. Ela possui diferente densidade de tecido em áreas estratégicas como, por exemplo, na ponta dos dedos, calcanhares e tornozelo, ajudando na compressão e proteção dos pés.
As meias de ciclismo possuem em seu desenvolvimento tecidos que permitem que a pele mantenha uma respiração constante, afim de garantir que o inchaço dos pés seja minimizado a quase zero, e a durabilidade e a resistência aos atritos seja muito maior, já que suas constituições são realizadas em diferentes gramaturas por toda a meia. Isso significa dizer que em uma meia de ciclismo você encontrará diferentes texturas devido aos materiais empregados em cada região do pé, que varia a necessidade durante os pedais.
Calcanhares e pontas dos pés normalmente possuem reforços internos nas costuras, região dos calcanhares e bicos, que minimizam os atritos com as regiões mais rígidas das sapatilhas, enquanto peito e sola do pé são microperfurados, o que garante respiração constante para os pés. A região que se estende até a canela possui elastano, gerando compressão que auxilia na circulação sanguínea e minimizando as dormências nos pés causadas pelo calor em excesso. Vale lembrar que dormência ou formigamento nos pés também podem ser causados pelo posicionamento do pé junto ao pedal, seja ele de plataforma ou pedal clip.
Outro detalhe percebido pelos fabricantes é que as meias precisavam ser diferentes para homens e mulheres. As diferenças começam no design. Ligeiramente mais finas, as meias femininas de ciclismo se ajustam melhor no pé sem a necessidade de conter tanto elastano em sua composição. As meias femininas para ciclismo oferecem mais qualidade e conforto aos pés durante os pedais e longe deles.
Confeccionadas para otimizar a absorção e a liberação da umidade, seja ela do suor, ou após uma chuva, passar sobre uma poça de água, rio ou lama, as meias ciclismo realizam o processo de evaporação da umidade de forma mais rápida que as meias tradicionais, assim garantindo o conforto aos pés e minimizando a chance de bolhas e assaduras se formarem. Muitas fábricas ainda adicionam controle térmico, que mantém o pé aquecido nos dias mais frios e permite que a pele respire normalmente nos dias mais quentes, sem alterar a espessura da meia.
É o caso da Meia Fox Logo 6. Projetada especificamente para uso com sapatilhas de MTB, ela muda os parâmetros das meias convencionais desta modalidade devido ao inovador sistema anticoceira e antiodores Meryl® Skinlife. São micropartículas de prata inerentes que garantem que nenhuma bactéria cresça no tecido, mantendo o equilíbrio natural da pele e reduzindo os odores desagradáveis. Esse agente antimicrobiano garante um efeito permanente no vestuário mesmo após 100 lavagens.
E para concluir esse post, saiba que pedalar exige uma série de condições de cada ciclista, mas uma das características mais divertidas é a capacidade de personalização que, literalmente, vai da cabeça aos pés. E, nesse caso, as meias para ciclismo são um detalhe à parte, já que elas aparecem bastante. Então, quem acha que para pedalar tem que adotar um estilo monocromático deve rever os seus conceitos. É possível escolher cores, design, estampas e tecidos de acordo com o seu gosto.
Entretanto, não se esqueça que a escolha das roupas para ciclismo deve ser feita de acordo com as necessidades de cada ciclista, deixando o estilo ou as cores em segundo plano. Por isso, não ligue se a sua sapatilha para bike for vermelha e seu capacete rosa, se eles se adequarem às suas necessidades e você gosta deles, fique tranquilo e pedale despreocupado. Meias e sapatilhas para pedalar caem na mesma questão. Não importa se são de cano curto ou longo, se a sapatilha é preta, a meia não precisa ser escura. Invente seu estilo, afinal pedalar deve lhe dar prazer e não ser uma competição de moda.