Por Camila Suota
Continuamos a falar sobre a Anatomia da Bicicleta nessa segunda parte, onde a ênfase será nos componentes da transmissão, câmbio, canote, selim, cabos e conduítes da bicicleta e claro,vai ter um bônus no final.
E aproveite para tirar todas as suas dúvidas sobre a as peças da bicicleta nesse nosso post com a colaboração do livro Anatomia da Bicicleta do autor Bruno Uehara.
A transmissão, conhecida também como a relação da bicicleta é composta pelos pedais, pedivela, cassete e os câmbios traseiro e dianteiro. É através desse conjunto de peças que ocorre a transmissão da força do ciclista para a bicicleta.
Em relação as peças, ambas estão sujeitas a desgastes. Segundo Bruno Uehara autor do livro Anatomia da Bicicleta ele explica que
“O contato do metal da corrente com o metal das engrenagens solta pequenos fragmentos metálicos que ficam impregnados no óleo lubrificante. Se a limpeza deste sistema não é realizada com regularidade, haverá desgaste precoce dos componentes, já que o mecanismo está exposto à sujeira, que adere ao lubrificante e atuam como pequenos esfoliantes abrasivos para o metal. Uma boa limpeza e uma boa lubrificação são fundamentais para preservar a vida deste conjunto.
A aplicação do lubrificante deve ser realizada somente quando a corrente estiver limpa. Quando está muito suja e recebe o lubrificante, ele fica impregnado na sujeira até virar uma graxa, acarretando em mau funcionamento de todo o conjunto.”
No caso do lubrificante, existem muitos tipos no mercado, todos possuem a mesma função, mas existem alguns destinados ao tipo de clima que vai do úmido, seco e outros podem ser utilizados para ambos os climas.
Realizar uma manutenção preventiva na bicicleta é essencial para manter a vida útil das peças. Portanto, sempre limpar muito bem e lubrificar “isso garante o bom funcionamento das peças e um giro macio e silencioso, tornando a bicicleta infinitamente mais agradável (e segura) de ser pedalada” diz Bruno.
Os câmbios (traseiro e dianteiro) da bicicleta são as peças responsáveis pela troca de marchas junto com o passador. O passador ou trocador fica no guidão da bike e é através dele que acontece o acionamento da troca de marchas, fazendo com que os câmbios realizem o mecanismo de pular a corrente para os pinhões do cassete maiores ou menores. Bruno esclarece que os câmbios
“Determinam a relação entre a velocidade de giro da pedalada e a velocidade de giro da roda traseira. A velocidade da pedalada chama-se cadência e é medida em rotações por minuto. Existem faixas de cadência mais confortáveis de serem pedaladas e uma bicicleta com mais marchas possibilita uma gama maior de velocidades dentro dessa faixa de conforto da cadência.
O papel dos câmbios é desviar a corrente de uma engrenagem para outra. Na pedivela, a coroa maior,com mais dentes, é mais pesada que as coroas menores. No cassete é o inverso:os pinhões menores são mais pesados que os maiores. O número de coroas multiplicado pelo número de pinhões resulta na quantidade de marchas da bicicleta, o que significa mais conforto e mais faixas de cadência.”
O selim é um dos pontos de contatos mais importantes do ciclista na bicicleta. A maior parte do tempo o ciclista estará apoiado ao selim, portanto, ao escolher um para sua bike verifique qual é o mais indicado para sua modalidade no ciclismo porque existem diferentes tipos que vão desde modelos para pedais urbanos com selins mais confortáveis e maiores, e até modelos esportivos que são selins menores.
“A forma da superfície do selim também influencia no conforto. Os modelos vazados ou com o centro rebaixado costumam aliviar a pressão e a dor na região do períneo, mas não é uma regra geral” diz Bruno.
Já o canote é a outra peça e fundamental para sustentar o selim, ou seja, um tubo onde se encaixa o selim eque será fixado no quadro da bicicleta.
“O selim é sustentado pelo canote, que é fixado ao quadro através da abraçadeira de canote. São fabricados em diversos materiais, como aço, alumínio, carbono, titânio escandium; e disponíveis em diversos diâmetros. O diâmetro externo do canote deve ser o mesmo do diâmetro interno do tubo do assento do quadro para garantir uma fixação firme e segura.
Além do diâmetro, outras variáveis são o comprimento e o – esta última medida possibilita que o selim seja instalado mais para a frente ou para trás” explica Bruno.
Outro componente fundamental da anatomia da bicicleta são os cabos e conduítes. Afinal, são eles que permitem o funcionamento das trocas de marchas ou aqueles que são responsáveis pela frenagem.
Com base no livro Anatomia da Bicicleta “embora pareçam iguais, os cabos e conduítes de câmbio e de freio possuem características diferentes. Os de câmbio são mais finos e requerem mais resistência à deformação. Isso significa que ao trocar a marcha, o cabo está sendo puxado e comprimindo o conduíte; se o conduíte deformar, o câmbio não vai se movimentar com precisão”.
Neste sentido, os cabos e conduítes devem estar em ótimo estado para perfeito funcionamento de trocas de marchas e frenagem da bicicleta.
“Já os cabos e conduítes de freio são mais espessos e resistentes. A cabeça do cabo varia de acordo como manete de freio e o corpo do conduíte é suscetível à deformação para que a frenagem tenha modulação, para evitar que a roda trave de uma vez.
É importantíssimo lembrar que, assim como qualquer outro componente da bicicleta, é essencial que os cabos e conduítes sejam de qualidade. O funcionamento é simples, mas a manutenção e a troca esporádica é necessária” explica Bruno.
Depois de conhecer todas as peças da bicicleta e entender sobre o seu funcionamento, é interessante ficar por dentro de algumas dicas que irão ajudar qualquer ciclista a verificar se há algo errado com a bike e pedalar com segurança. Lá vão...
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