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Atacama Challenger 2018: Confira como foi a nossa participação
03/05/2018
Curiosidades

O Atacama Challenger é uma corrida de mountain bike por etapas, em 2018 aconteceu nos dias 27, 28 e 29 de abril no deserto do Atacama, Chile. Você já deve imaginar as paisagens lindas e desafios que o percurso proporcionou para os atletas participantes - o melhor de tudo é que nossa equipe pode acompanhar tudo de perto.

Dois membros da equipe MX Bikes, Elievan Junior e Eduardo Magrin toparam a aventura de pedalar nas altas temperaturas do deserto. Os dois levaram no corpo uma roupa de ciclismo exclusiva da MX Bikes, feita pela Mauro Ribeiro.

Ambos chegaram no Chile uma semana antes dos dias de desafio e aproveitaram para treinar e se acostumar com o clima seco e altitude (que varia entre 2.300m até 4.000m de em relação a linha do mar).  Foram dias intensos e puxados, segundo os atletas. Fizemos uma entrevista com o Eduardo que conta com exclusividade abaixo como foi participar desse evento.

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Edu,  Como foi a experiência de participar de um evento tão emocionante e exigente quanto o Atacama Challenger 2018?

Foi ótimo, sem dúvida uma experiência para a vida toda. Eu já havia disputado várias provas, no ciclismo de pista e no ciclismo de estrada, mas foi a primeira stage race que participei no MTB. Confesso que sentimos bastante a diferença na altitude, então nos primeiros dias de aclimatação, procuramos treinar em locais com maiores alturas para que o corpo se adaptasse mais rapidamente ao ar rarefeito.

As provas foram bem puxadas e nossa rotina também. Ficamos 10 dias no Chile, chegamos uma semana antes do desafio e nossa rotina era basicamente feita de treinos para acostumar o corpo a mudança de ar e terreno. Falando em terreno, esse era bem arenoso, diferente do que estamos acostumados no paraná, onde tem muito barro.

Então acordávamos cedo, tomávamos um café da manhã bem reforçado e intercalávamos passeios na altitude com pedais nível intermediário para sentir o corpo.

Ficaram hospedados onde?

Ficamos hospedados em um AirBNB, Chill Hostel, muito acolhedor e com um quarto privativo para nossa equipe, o local era bem tranquilo, conseguimos montar as bikes no pátio grande que tinha lá e elas ficavam bem tranquilas do lado de fora do quarto.

Quantos km foram percorridos em cada uma das três etapas? E quanto a altimetria?

Na primeira etapa foram 33 km com 1.500m de altimetria, na segunda 70 km com 1400 de altimetria e na última etapa foram 60km com 700m de altimetria.

Como foi o primeiro dia de prova?

No primeiro dia percorremos 33 km com 1.500m de altimetria e subimos a quase 4.000 metros.

A largada foi neutralizada pelo asfalto até o quilômetro 5 e depois entramos em uma estrada de areia bem fofa, já iniciando a subida em um falso plano por mais 10 quilômetros. Logo chegamos na serra com inclinações que passavam dos 15º (bem íngreme) e a altitude cada vez mais rigorosa com os atletas, deixando sem fôlego e sem energias.


Foto: Licancabur

Após os 33km de subidas, a volta pela estrada de asfalto até a cidade de San Pedro de Atacama totalizando 66 km neste dia e mais de 5 horas em cima da bike.

Como foi o segundo dia de prova?

No segundo dia percorremos 70 km com 1400 de altimetría.

Largada também neutralizada, nesta etapa os 5 primeiros da elite largaram na primeira fila e o ritmo foi mais intenso que o primeiro. Logo de início pelo asfalto ainda uma subida enorme espalhou o pelotão, o que ajudou muito na sequência onde entramos em uma estrada secundária também com muita areia. O segundo dia teve morros menos inclinados que no primeiro, mas muita pedra solta e cascalho nos areiões, alem de muitos lugares com visuais paradisiacos como este: 

Furamos um pneu e utilizamos um kit para consertar. Acabou que no fim também socorremos outros participantes com problemas técnicos nas suas bikes.

Nessa etapa fizemos cerca de 6 horas de prova.

Como foi o terceiro dia de prova?

No terceiro dia percorremos 60km com 700m de altimetria.

O último dia parecia ser mais tranquilo, visto que subiríamos a metade da altimetria dos dias anteriores, mas não foi tão calmo assim.

A prova percorreu os 10 primeiros quilômetros pelo asfalto, onde o pelotão já andava acima dos 40km/h. Chegamos então ao vale de la luna, um lugar que tem grandes subidas e descidas com muitas pedras soltas e terrenos que exigem bastante técnica. Logo após adentramos um grande banco de areia onde era muito difícil pedalar (a maioria dos atletas empurrava a bike para não se desgastar tanto). Passado esse sofrido pedaço chegamos nas dunas de Atacama, estas que nos acompanharam por toda subida do vale e compunham um visual paradisíaco. Ao final desta trilha bem técnica e com muitas pedras, algumas sessões de downhill nos esperavam. Era hora de soltar o shock e botar pra baixo Particularmente, essa foi a parte que mais gostamos. Por fim nos deparamos com outra das partes mais legais do pedal: uma trilha longa de single track com rochas dos dois lados, muito fluida e desafiadora.

Ah, e pra quem acha que não tem água no deserto, encontramos um rio que vem dos Andes. Cruzamos com ele várias vezes, passando por muitos single tracks de dificuldade média mas muito gostosos de percorrer. Os últimos 10 quilômetros foram no plano e o ritmo se intensificou bastante até a chegada. 

A próxima edição do Atacama Challenger está prevista para 05, 06 e 07 de abril de 2019. Nossa equipe já disse que vale muito a pena participar Agora você só precisa se programar e colocar um pouco mais de emoção na sua vida.

Entre no site oficial do Atacama Challenger para mais informações sobre o evento e novas edições. Por hora, confira abaixo mais fotos do evento e desse lugar incrível chamado deserto do Atacama. 
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